Como funciona o cérebro do Consumidor na Hora da Compra?


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Para tentar entender a cabeça do consumidor, os publicitários têm utilizado métodos cada vez mais mirabolantes. Num mundo de opções infinitas, o trabalho mais difícil não é produzir idéias fantásticas, mas saber se elas vão chamar atenção e, principalmente, funcionar a ponto de afetar comportamentos – preferencialmente os de compra.


Presunçoso demais? Pode ficar pior! Após passar anos estudando emoções que rondam o universo humano, aceitar psicologia, antropologia e sociologia como aliadas da comunicação, agora estamos prestes a abrir o que já está sendo chamado de caixa-preta do cérebro. Não basta entender comportamento de massa, cruzar dados e obter tendências estratificadas por classe social, idade, sexo ou estilo de vida. O próximo aliado da publicidade se chama neuromarketing. Se o conhecimento comportamental nos revela o que devemos suprir emocionalmente nas pessoas (consumidores) para agir (comprar, preferir, adotar marcas), o neuromarketing é uma disciplina de investigação que estuda o consumidor no sistema cérebro/mente. Sinais de radiofreqüência fornecem a imagem das alterações no fluxo sangüíneo e na oxigenação em determinadas áreas cerebrais. O processo também mostra como a intensidade cerebral se altera diante de anúncios publicitários. É assim, por meio da atividade elétrica cerebral, que os neurocientistas esperam explicar o que move a decisão das compras. De certa forma é confortante saber que o neuromarketing não vai entrar na cabeça dos consumidores e agir sobre ele automatizando os seus comportamentos. Os estudos que o neuromarketing proporcionam podem afinar a linguagem publicitária, melhorar a embalagem e introduzir inovações que tornem o produto mais atraente para o consumidor. No que depender de aval financeiro, o neuromarketing logo estará na pauta da das empresas e o gene do consumo será finalmente mapeado.

Os primeiros estudos datam dos anos 90, mas pela primeira vez a ferramenta começa a se materializar graças a investimentos de empresas como a General Motors, Ford, Daimler Chrysler, Coca-Cola, Kodak, Levi-Strauss e a Delta Airlines. A neurologia das vendas custa caro, mas essas companhias decidiram financiar as pesquisas para usar o neuromarketing num futuro próximo como forma de assessorar as pesquisas de mercado tradicionais. Para investimento na pesquisa de comportamento do consumidor são necessários entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões por ano. Na Inglaterra, o investimento é de US$ 26 por habitante. Por aqui continuaremos observando muito, encostando a barriga no balcão para analisar momentos de verdade do consumidor em contato com produtos e marcas. Até que me provem o contrário, ainda não achei maneira mais barata e eficaz de entender de consumo e de consumidor.
Colaborado Por: Reinaldo Dallagrana
Creditos: 02/04/2008 Herkenhoff, Erika Erika Herkenhoff, diretora executiva da Competence Paraná, e formada em Publicidade e Propaganda pela UFPR e em MBA em Marketing pela FGV.

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